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O trabalho exemplar da Creche das Rosinhas

Na 10ª edição (junho/2018), divulgamos o Arraial da Serra, que é organizado desde 1990 pela Creche das Rosinhas. Durante cinco horas, as pessoas puderam se deliciar com comidas típicas e acompanhar a quadrilha, além de fazer o mais importante: ajudar um projeto que existe desde 1984, há 34 anos: “Lucramos R$ 18,5 mil com a venda de comida, que foi toda feita com muito amor por voluntários. Ainda conseguimos que o custo da festa deste ano fosse todo doado”, afirma Maria da Conceição Duarte, presidente da Creche das Rosinhas.

A instituição nasceu da vontade de Thais Valadares, que residia na Serra e percebeu as grandes dificuldades das pessoas que moravam no Aglomerado da Serra. Ela começou a distribuir sopa aos moradores, mas viu que a necessidade deles era muito maior. Foi aí que ela contou com a ajuda de amigos e fundou a creche para que as crianças não ficassem sozinhas enquanto as mães trabalhavam. “Desde o início essa casa está em comodato com o Estado, o que prevalecerá enquanto aqui for uma creche”, afirma Conceição.

No começo, a Creche das Rosinhas fez um trabalho de assistencialismo para socorrer as famílias. “Com o tempo, a instituição foi evoluindo e hoje somos uma escola infantil sem fins lucrativos”, destaca a presidente. Até o ano passado, a Unidade I, que fica na Rua Pouso Alto, nº 215, atendia crianças de zero a seis anos. “Como o Estado absorveu as crianças a partir de quatro anos nas Umeis, nós ficamos com a faixa etária de zero a três anos”.

Atualmente, a Unidade I atende 90 crianças, que chegam às 7h30 e saem às 16h30. “O convênio da prefeitura está indo muito bem”, conta Conceição. A presidente afirma ainda que é visível a diferença de evolução dos pequenos que estão na creche desde o início para os que entraram durante o processo: “Com um ano eles já andam, enquanto os demais engatinham. Alguns pais afirmam que a criança vem para cá sem falar nada e depois de dois meses já está se expressando muito melhor”. Tudo por causa do processo pedagógico, que contribui para a socialização por meio de brincadeiras como Corre Cotia, Toca do Coelho e Amarelinha.

Dificuldades

A Creche das Rosinhas ainda conta com a Unidade II (Projeto Soledade), que atende crianças de 6 a 14 anos e fica no Aglomerado da Serra, na Rua Dr. Camilo Antônio Nogueira, nº 498. O trabalho no local é muito mais árduo, pois não há convênio com o poder público: “Bancamos todas as atividades com eventos e doações”, afirma Conceição, que lamenta: “Tínhamos 80 crianças na Unidade II, mas tivemos de reduzir o atendimento para 33”.

Lá, também entre 7h30 e 16h30, a Creche das Rosinhas oferece ajuda escolar e atividades que “abram o horizonte das crianças, como leitura, teatro e técnicas de artes marciais, dando ênfase à ética que envolve a prática”, afirma Conceição. A presidente conta que as crianças ensaiam uma peça teatral uma vez por semana durante um ano e, no final dele, se apresentam no Teatro Alterosa e no da Maçonaria: “Já tivemos um aluno, o Márcio Goulat, que em 2016 foi fazer teste e acabou aprovado para fazer um curso no Grupo Galpão. Ele só não continuou por questões financeiras”, lembra.

Todas as atividades da Unidade II são organizadas por voluntários: “Temos alguns instrumentos musicais e queremos montar uma fanfarra, mas precisamos de monitores de música. Quem quiser dar aulas de dança ou canto também é bem-vindo”. Quem tem algum dom e deseja repassar o conhecimento, basta ligar para a instituição e marcar uma reunião para apresentar a proposta.

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