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Detalhes da queda da árvore na Rua do Ouro

O dia 2 de julho era para ser mais um na vida de quem frequenta a Rua do Ouro. Porém, naquela tarde uma árvore de grande porte, localizada no edifício Sathler, caiu bem ao lado da Igreja São João Evangelista atingindo carros, derrubando postes e interrompendo completamente o trânsito numa via importante do bairro. Em nota enviada ao PLANETA SERRA, a Cemig informou que recebeu uma solicitação de restabelecimento de energia às 14h50: “Trabalhamos o mais rápido possível para reparar a situação. 85% dos clientes ficaram sem energia por 1 hora e 15 minutos, outros 368 só tiveram luz após 16 horas e 20 minutos”. A Cemig precisou substituir dois postes e um transformador e recompor as redes de média e baixa tensão, com custo total de R$ 20 mil arcado pela empresa. Por milagre não houve feridos nem vítimas fatais, apenas danos materiais.

O jornal PLANETA SERRA procurou os envolvidos. A prefeitura informou em nota que realizou uma vistoria na árvore de grande porte que caiu, da espécie flamboyant, em 30 de abril deste ano: “Não foi constatado risco de queda, no laudo foi recomendada a poda para adequar o equilíbrio da copa da árvore. Como ela estava em propriedade privada, o serviço era de responsabilidade do condomínio, já que a prefeitura só faz o trabalho em vias públicas”.

O síndico Marcius Salles (Comsind) recebeu o laudo da prefeitura em 30 de maio: “Procuramos uma empresa particular para realizar o serviço. Em 29 de junho, o responsável não quis realizar a poda, pois afirmou que a árvore tinha propensão à queda e precisava ser suprimida”. Diante disso, o síndico informa que acionou o Corpo de Bombeiros no mesmo dia. Uma equipe foi ao local, mas não constatou risco de queda. A corporação confirma a informação, acrescentando que avalia na vistoria se as raízes estão excessivamente expostas, se a árvore está muito inclinada, se há buracos ou brocas aparentes.

Em razão de uma rachadura ao pé da árvore, afirma o síndico, ele voltou a acionar o Corpo de Bombeiros, no dia 1º de julho: “Frisamos a importância de uma nova vistoria, mas a equipe que esteve no local, por volta das 10h do dia 2 de julho, não fez a supressão. Alegaram que teríamos de repassar a demanda à prefeitura, pois ela precisava autorizar a supressão. Horas depois, a árvore caiu”, lamenta.

Após a queda, a prefeitura constatou a presença de cupins nas raízes, afirmando que isso não era possível de verificar na vistoria. O Corpo de Bombeiros também confirmou os cupins após o incidente. Sobre os prejuízos, Marcius Salles não sabe quem vai arcar com eles: “Estamos analisando todas as medidas cabíveis para identificar os responsáveis. Tomamos a iniciativa de procurar os órgãos públicos pois, se tivéssemos suprimido a árvore sem autorização, teríamos levado multa. Avisamos que a rachadura ao pé da árvore estava aumentando a cada dia, desequilibrando a estrutura da árvore”.

Ele informa ainda que, após o incidente, nenhum órgão público o procurou para passar qualquer informação. “Com relação às outras árvores do condomínio, a mesma empresa particular faz a manutenção preventiva”.

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