Serra não recicla todo o lixo que produz
A coleta seletiva da SLU é feita em 36 bairros de Belo Horizonte, abrangendo 125 mil domicílios. Porém, nem todo mundo consegue contribuir, pois nem todos os prédios, casas e empresas têm espaço suficiente para guardar o lixo reciclável por uma semana.
É essa a situação de Ana Paula Falcão, síndica de um prédio com 22 apartamentos ocupados na Rua Corinto: “Nós temos na garagem um contêiner no qual separamos o lixo orgânico do reciclável, este em maior quantidade”, explica.
Além disso, o prédio tem um pequeno depósito, onde o lixo reciclável excedente é guardado à espera do caminhão: “Nós repassamos também para um catador. Se não fosse isso, acabaríamos despejando os recicláveis no lixo comum por falta de espaço. O caminhão da coleta passar uma vez por semana é insuficiente”, aponta.
Luciana Oliveira Silva, gerente da Padaria Santíssimo Pão, na Rua Amapá, tem problema parecido. Segundo ela, a empresa não participa da coletiva seletiva da SLU, apenas disponibilizando os materiais no lixo comum, todos os dias. “Nós temos um quartinho aqui para guardar o lixo, mas temos todo o cuidado nesse armazenamento, pois a Vigilância Sanitária passa fiscalizando, sem avisar, uma ou duas vezes ao mês”.
O único material que acaba sendo reciclado é o papelão: “À noite, quando vamos colocar o lixo lá fora, deixamos o papelão separado num cantinho, aí sempre passa um catador e pega”, afirma.
Outras opções
O PLANETA SERRA questionou a SLU acerca da falta de espaço para acondicionar os recicláveis, mas a entidade não pretende aumentar a frequência do caminhão no bairro: “A coleta seletiva é planejada visando à redução de custos, sem perda de qualidade e eficiência. A SLU entende que todos os bairros merecem a implantação do serviço. Portanto, a população e as empresas devem se adequar ao sistema proposto pela Prefeitura”.
A fim de evitar jogar no lixo comum os materiais recicláveis, a SLU sugere que, no caso do vidro, os moradores depositem-no num contêiner verde, localizado na Rua Trifana, próximo ao número 643 – perto da 127ª Companhia da PM. “Geralmente, a SLU não disponibiliza numa mesma região a coleta seletiva e o contêiner, mas verificou-se a alta demanda de vidro no bairro”.
A SLU ainda informa que não cadastra catadores avulsos ou particulares. Porém, nós não podemos ficar parados: o PLANETA SERRA convida os moradores a disponibilizar os contatos de catadores particulares com o jornal, para que mais pessoas possam reciclar seu lixo. Se o caminhão da coleta seletiva não passa em sua rua, ligue para o 156 e registre sua reclamação – envie-a também para nós.
