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Av. Afonso Pena terá 41 vagas a menos na Serra

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Iniciadas em novembro/23, as obras de revitalização da Afonso Pena seguem a todo vapor com a construção da ciclovia que percorrerá toda a extensão da via. Para entender os detalhes do que ainda será feito pela prefeitura, conversamos com Rafael Murta Resende, diretor de projetos estratégicos e inovação da Superintendência de Mobilidade de BH (Sumob). “Tenho reuniões semanais de acompanhamento das intervenções e aparo eventuais arestas que surgem com a implantação do projeto”. Ele explica que o objetivo é priorizar o transporte coletivo e as bicicletas, algo previsto desde setembro de 2015 no Plano Diretor de Mobilidade Urbana de BH: “O ônibus carrega mais gente e abrange um volume menor do que se todos estivessem de carro próprio ou no de aplicativo. Ao priorizá-lo, você potencialmente atinge mais pessoas. O mesmo princípio é válido para a bicicleta, que ainda tem os aspectos de saúde”.

Rafael informa que as viagens de ônibus ficarão mais rápidas e seguras, dando ao usuário mais conforto quando do embarque/desembarque. “Não existirão faixas exclusivas e preferenciais de ônibus entre as praças da Bandeira e Milton Campos porque o número de linhas é menor. Porém, serão feitas melhorias nos pontos, com readequação do tamanho para que os abrigos tenham espaço suficiente para acomodar as pessoas. O ônibus vai parar o mais próximo possível da calçada, facilitando o embarque/desembarque numa área com muitos idosos”.

Com a ciclovia, que irá interligar outras na cidade, a prefeitura deseja promover uma maior utilização das bicicletas. “Nossa intenção é que as pessoas usem menos o carro e passem a fazer seus deslocamentos de ônibus e pelas ciclovias. Elas vão percebendo que é mais fácil ir de ônibus do que ficarem presas com o carro no engarrafamento. Sabemos que é uma mudança de mentalidade que leva tempo, o processo de migração ocorre aos poucos, à medida que oferecemos uma melhor infraestrutura nesses modais”.

Entretanto, a escolha da prefeitura de priorizar os ônibus e as bicicletas terá consequências no estacionamento da Afonso Pena, o que vai impactar a rotina do comércio e de quem utiliza carro. Da Praça da Bandeira até o Tribunal de Justiça de MG, as vagas serão mantidas, incluindo duas para embarque/desembarque. Entretanto, logo depois do TJMG até a Praça Milton Campos e no sentido oposto, todo o estacionamento rotativo será retirado, exceto no quarteirão do Incra – 41 vagas a menos –, sendo substituído por placas de proibido parar e estacionar durante 24h. Isso significa que todas aquelas empresas e comércios, alguns com delivery, poderão ser prejudicados, já que não será permitido sequer embarcar/desembarcar passageiros – carga e descarga mantida. Em contrapartida, Rafael informa que vai ser implantado estacionamento rotativo nas vias perpendiculares, “dando mais oportunidade a todos de parar ali durante o dia. Isso vai ajudar os comerciantes, pois mais pessoas vão utilizar as vagas”.

A prefeitura alega que retirará os estacionamentos para não diminuir a capacidade de tráfego na Av. Afonso Pena. “Só vamos reduzir o número de faixas (3 para 2) entre Praça da Bandeira e TJMG, que são mais largas”. Questionamos se haverá fiscalização a fim de coibir as infrações, pois, caso contrário, isso poderá travar o trânsito. Por exemplo, é muito comum isso ocorrer em frente ao TJMG, o que deixaria apenas uma faixa disponível. “À medida que o projeto for sendo implantado, vamos intensificar a fiscalização para que a lei seja cumprida”. Qual a sua opinião sobre a retirada de vagas de estacionamento? Fale com a gente no 98761-7569 (WhatsApp) ou via Instagram (@jornalplanetaserra).

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