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A linha do tempo do projeto da Av. Afonso Pena

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A intervenção na Av. Afonso Pena começou a tomar forma em 2019, quando a prefeitura contratou estudos técnicos e projetos executivos acerca da prioridade ao transporte coletivo de BH. Em março/ 22 ocorreu uma consulta pública em que a sociedade pôde contribuir com sugestões – abre.ai/consulta-publica1. 10 pessoas opinaram sobre as vias presentes no documento, incluindo a Afonso Pena. Em maio foi organizada uma reunião pública virtual. O PLANETA SERRA pediu acesso às imagens, mas a prefeitura explicou que “às vezes é feito o chamamento, não a gravação”.

Ainda em 2022 houve reuniões com vários setores da sociedade, entre eles a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL), que participou de encontros em julho e agosto. Questionamos a entidade sobre o que foi discutido, se na época havia conhecimento da intenção de retirar vagas de estacionamento em frente a comércios e, mais importante, quantos comerciantes localizados entre as praças da Bandeira e Milton Campos eram associados. Entretanto, a CDL apenas enviou uma nota: “A revitalização da Av. Afonso Pena vai proporcionar um ambiente mais acolhedor a toda a população, atraindo mais público para a região e incrementando a economia. No trecho onde serão realizadas as obras são estimados em torno de 2 mil comércios”.

Em 25 de agosto do mesmo ano, a Câmara de Vereadores sediou audiência pública que reuniu representantes da prefeitura, CDL e de comerciantes do Hipercentro. Entre os participantes estava a vereadora Fernanda Pereira Altoé. “Soube do projeto em julho, quem pediu o encontro foram os empresários do Hipercentro. Não havia ninguém específico do alto da Afonso Pena”. Fernanda avalia que faltou uma interlocução mais direta da PBH com os comerciantes dessa porção da avenida por meio do coordenador da Regional Centro-Sul. “Creio que deveria ter sido organizada uma consulta pública apenas para a Afonso Pena, não como foi feito, abrangendo outras vias”.

A versão final foi aprovada por unanimidade, em maio/23, pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural. Para entendermos sobre o que foi discutido, conversamos com Jorge Souza, conselheiro titular e participante da reunião virtual extraordinária: “A minha função é avaliar, entre várias coisas, o impacto negativo de outras edificações junto aos bens culturais tombados, como meios-fios e calçadas, sejam os projetos da prefeitura ou de um cidadão comum”. Jorge explica que não coube a deliberação sobre mobilidade e fruição de trânsito: “Isso não é objeto do conselho, somente a questão da intervenção no patrimônio cultural. Fizemos recomendações em um encontro anterior que foram aceitas. Por isso aprovamos, pois o impacto causado ao bem tombado é muito pequeno”. Em setembro/23, o projeto foi apresentado ao Conselho Municipal de Mobilidade Urbana (Comurb) e teve o edital publicado.

Para Rafael Murta Resende, diretor de projetos estratégicos e inovação da Sumob, “a proposta foi muito debatida em todas as esferas da sociedade e sofreu revisões até a aprovação”. Questionamos se a prefeitura procurou saber se os comerciantes entre as praças da Bandeira e Milton Campos eram associados a CDL-BH: “Sondamos os representantes da classe, pois não temos como bater na porta de cada empresário”. Segundo a prefeitura, as obras devem ser finalizadas até o fim de 2024. Quando você ficou sabendo das intervenções na Afonso Pena? Responda pelo WhatsApp (98761-7569) ou Instagram (@jornalplanetaserra). O PLANETA SERRA também está à disposição dos comerciantes que tenham questionamentos a fazer.

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