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A árvore na porta de casa pode ser podada?

A maioria das pessoas teve a experiência ou conhece alguém que já passou por isso: ao identificar que uma árvore tinha risco de cair, acionou a Prefeitura de Belo Horizonte, mas o serviço de poda demorou demais ou até hoje não foi realizado.

Isso acontece porque a prefeitura recebe muitas solicitações, mas, com uma equipe aquém do necessário, acaba levando muito tempo para executar as podas.  O PLANETA SERRA entrou em contato com a Regional Centro-Sul em busca de algumas informações. Em 2017 foram feitas 644 solicitações de poda na Serra, o que dá 53 pedidos mensais, com média de espera de 15 dias úteis apenas para o engenheiro vistoriar a árvore e decidir se precisa ou não podá-la. Para solicitar o serviço, você tem as seguintes opções: telefonar para o 156, baixar o aplicativo do BH Resolve ou ir pessoalmente à unidade, que fica na Avenida Santos Dumont, 363, com entrada também pela Rua dos Caetés, 342 – o atendimento funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. 

Outra opção é pela internet: acesse o site da prefeitura (www.pbh.gov.br), selecione a aba Acesso Rápido e clique em Atendimento ao Cidadão. Daí, clique em Portal de Serviços, Sacweb (a última opção na aba Acesso Rápido), digite “poda” no campo “palava-chave”, escolha o serviço pretendido e preencha um documento. 

Acione os Bombeiros

Outro dado repassado pela Regional Centro-Sul chama a atenção: segundo a autarquia, 284 das 644 solicitações de poda (44%) foram indeferidas. Ou seja, o engenheiro fez a vistoria da árvore e constatou que ela não precisava de poda.

Há relatos de árvores que tiveram negativa de poda e, mesmo assim, vieram a cair. Portanto, o PLANETA SERRA procurou o Corpo de Bombeiros. Segundo o Tenente Herman Ameno, a corporação deve ser acionada se forem observadas as seguintes situações: “Inclinação excessiva do tronco ou apoio sobre a rede elétrica, rachaduras, brocas, larvas, se a árvore está com raízes aparentes ou apodrecida, com o caule soltando cascas facilmente”.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente acrescenta outros sinais: “Formigas, folhas caindo em excesso e com amarelão ou pintas pretas, entre outros, são os mais comuns que as pessoas podem identificar na árvore”. A autarquia informa que fatores como o histórico, se há espaço para as raízes crescerem e a idade da árvore também são levados em conta: “Para outros sinais, somente pela análise de um profissional habilitado”.

No caso dos Bombeiros, a poda da árvore depende da gravidade da situação: “Pode ser de imediato, num caso de acidente na via ou chuva excessiva, sendo feita em um ou dois dias”. De acordo com o tenente, pode demorar um pouco mais se “o trabalho tiver de ser feito em parceria com a CEMIG, pois esta precisa desenergizar a linha”.

É isso que a moradora Sônia Ramos está esperando: “Aqui na Rua Guaxupé as árvores estão apoiadas na fiação elétrica. Basta uma chuva ou um vento mais forte para a energia ser interrompida ou ficar intermitente”, reclama. Em situações desse tipo, o único contato do Corpo de Bombeiros é pelo 193: “O morador se identifica com nome completo, endereço e telefone e registra os detalhes que está percebendo na árvore”, explica. A corporação fez em 2018 (até 19 de abril) 1.369 vistorias em árvores com risco, 511 cortes com risco iminente e 947 cortes de árvores caídas em via pública na Região Metropolitana de BH.

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