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Antônio Pinheiro na política: mandato cidadão

2018 é ano de eleições, momento importante da vida da nação. Sabe-se também que a relação dos políticos com a população não é das melhores, mais por culpa dos próprios representantes do povo. Antônio Pinheiro, ao contrário, não faz parte dessa turma desmoralizada, pois desde o início de sua carreira política tomou decisões importantes…

Política solidária

Minha entrada na política se deu com 66 anos, um pedido de Dom Serafim para que eu e mais três amigos fôssemos missionários na política, dando testemunho cristão e olhando pelos pobres.

A primeira coisa que fiz foi uma procuração no cartório doando todos os meus salários de vereador – foram 20 anos na política, incluindo dois na Assembleia Legislativa como suplente – à Santa Casa, ao Hospital do Câncer e ao Hospital da Baleia, pois já tinha rendimentos mais do que suficientes com minha empresa de topografia.

Quando temos as coisas, devemos fazer o possível para que as outras pessoas também as tenham. Retribuir é o que está faltando para o nosso povo. Somos responsáveis pela cidade tanto quanto o prefeito, deveríamos olhar o que podemos fazer pela Serra e por Belo Horizonte.

Na Câmara Municipal, vi que o médico de lá trabalhava o mês todo para ganhar R$ 1.500,00, enquanto o salário dos vereadores, que não estavam lá todos os dias, era de R$ 4.500,00. Como um profissional tão importante ganhava tão pouco? Portanto, meu primeiro projeto foi reduzir o salário dos próprios vereadores. Não foi aprovado, só teve o meu voto! Os políticos fazem lei à vontade, escolhem os próprios salários e ninguém protesta. Nem a Igreja, de modo geral, denuncia.

Minha atuação política chama a atenção porque se resume em dois alicerces: ser honesto e trabalhar para os pobres. Por isso ganhei alguns prêmios: Cidadão Honorário de Belo Horizonte, Medalha de Honra da Inconfidência, Honra ao Mérito e Amigo da Faculdade Jesuíta, Comendador do Vaticano no Brasil e Representante do Leigo Brasileiro. Fico até triste com essas condecorações, pois fiz tão pouco! Outras pessoas se sacrificaram muito mais.

Ajuda ao próximo

Sempre bate aqui na porta de casa um pessoal com receita médica pedindo dinheiro para comprar remédios e outras coisas. Atendo mensalmente 53 pessoas e já fiz mais de dez barracos no Aglomerado da Serra.

O último deles foi em setembro de 2017, quando uma de minhas filhas foi até o Aglomerado da Serra para conhecer a história de uma senhora. Ela juntou dinheiro com familiares e amigos e construiu um barraco de três andares, pois o terreno era bastante irregular e essa era a única solução viável. Equipou com tudo o que uma casa precisa, de utensílios, roupa de cama, mesa e banho a eletrodomésticos. Quando você entra em contato com as pessoas do Aglomerado da Serra, é questionado de tal forma que não pode ficar neutro.

O dinheiro é bom, mas, quando pensamos em nós mesmos, estamos construindo o inferno. Quando pensamos nos outros, estamos construindo os céus. O dinheiro nunca me seduziu, muito pelo contrário.

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