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Árvores na Rua Pirapetinga dividem opiniões

Quem frequenta a Rua Pirapetinga no quarteirão entre Bernardo Figueiredo e Palmira já deve ter parado para observar as grandes árvores do local. Imponentes, as copas chegam a se encontrar, trazendo muita sombra e ar fresco. Porém, de acordo com o morador Ivan Andrade, que procurou o jornal PLANETA SERRA, isso também representa riscos: “As árvores estão mais altas que um edifício de dez andares e com galhos secos. Além dos frutos, que dão o ano inteiro e ficam caindo no chão”.

Ele explica que, por causa da altura, os frutos, quando caem, fazem muito barulho, amassam os carros e atingem as pessoas: “Há crianças passando no trecho, e os frutos podem cair na cabeça e machucar com certa gravidade. Vizinhos meus já tiveram problemas com micos que entram nos apartamentos pela janela por meio dos galhos e fazem a maior bagunça, além de trazerem doenças”.

Procurada, a Sudecap informou o que pretende fazer em toda a extensão da Rua Pirapetinga, incluindo o referido trecho, atendendo a solicitações de munícipes: “Ao todo, 32 árvores serão podadas e duas suprimidas”. De acordo com a autarquia, a justificativa para as podas é retirar galhos secos, passíveis de queda, levantar e equilibrar a copa das árvores, além de liberar a iluminação dos postes: “Todas as árvores foram vistoriadas previamente, de acordo com os critérios da Deliberativa Normativa Nº 92/2018, publicada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente”.

Castanheiras

Com relação às supressões das castanheiras, a Sudecap informa que elas são necessárias “devido a danos gerados ao imóvel vizinho e ao passeio, sem alternativa possível. Nos casos em que a supressão não é necessária, a prefeitura colhe os frutos para que não caiam”.

As ações da prefeitura neste trecho da Rua Pirapetinga são desaprovadas por uma moradora, que não quis se identificar: “Gostaria de que a prefeitura não efetuasse a poda e a supressão das árvores que estão neste quarteirão, pois elas são um oásis na cidade. Quando ocorre a troca de folhas, elas ficam vermelhas e caem no chão, é a coisa mais linda. Moro aqui há 25 anos, e um dos motivos que me fizeram decidir viver nesta rua são as árvores, que deixam o clima mais fresco”.

A moradora reclama sobre um fato ocorrido na última semana de junho: “A prefeitura veio aqui suprimir três árvores, duas em frente a uma construção. O pessoal da obra estava o tempo inteiro junto da equipe, mas reclamamos e só uma foi de fato suprimida (foto 2).”

A moradora ainda sugere a preservação das árvores. Procuramos a Secretaria de Meio Ambiente a fim de saber se isso é possível: “O Decreto Nº 16.529, de 29/12/2016, prevê a proteção a quaisquer exemplares arbóreos existentes, declarados como ‘Monumento Vegetal Municipal’ mediante ato do Conselho Municipal de Meio Ambiente, por motivos de localização, condição de porta-sementes, raridade, antiguidade ou interesse histórico, científico ou paisagístico”.

O cidadão que desejar sugerir avaliação de recomendação deve protocolar a solicitação no BH Resolve (Rua Santos Dumont, 363 – Centro; outra entrada pela Rua dos Caetés, 342; o horário de funcionamento é de segunda a sexta, das 8h às 17h) direcionada à Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

A prefeitura informa que foram realizadas mais de 22 mil podas e 6 mil supressões na cidade até o momento em 2019: “O investimento previsto neste ano é de R$ 15 milhões, R$ 4 milhões a mais que em 2018, quando foram realizadas 47.870 podas e 10.122 supressões”. O cidadão pode solicitar vistoria em árvores nos seguintes canais de atendimento: telefone 156, aplicativo PBH APP ou no site www.pbh.gov.br/sac (digite árvore no campo de pesquisa, escolha o serviço desejado e preencha um documento).

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