As múltiplas formas de arte de Mari Antoniazzi
A trajetória de Mari Antoniazzi, moradora da Serra desde 1998, transborda as mais diversas formas de se expressar, desde o teatro até a literatura e a música. “Herdei essa veia artística de minha mãe, com o teatro, e do meu pai, um dos fundadores da Academia de Letras de Conselheiro Lafaiete, sua cidade natal. Comecei a escrever aos 8 anos sem nunca ter lido um texto dele, parece algo genético, transcendental (risos)”.
Apesar do talento nato, Mari graduou-se em outra área. “A carreira profissional me ensinou a ser mais assertiva, a me impor em certos momentos da vida. Sempre tive uma alma muito sensível, o que não significa ser frágil. Hoje, tenho consciência de mim e defino bem meus limites”. A arte andava adormecida na vida de Mari, até que uma crise de estresse a recolocou nos trilhos: “Estava trabalhando em demasia e a procurei como forma terapêutica. Comecei a fazer oficinas de arte e cursos de teatro sem o objetivo de me profissionalizar. Fui treinando o corpo, a voz, a desinibição e convivendo com outras pessoas, o que enriqueceu as experiências que tive”. Com a pandemia, a artista passou a refletir sobre o que queria para sua vida: “Percebi que minha profissão me desgastava demais, pois os embates e a beligerância eram constantes, o que ia contra a minha essência e sugava a energia”.
Mari Antoniazzi passou a dedicar mais tempo à arte e literatura. Com crônicas em jornais e revistas e três livros publicados, um deles de poesia (compre Abundeza Poética nas livrarias virtuais ou direto com a autora), ela lançou recentemente o livro infantil A Roseira da Alice (compre na Amazon): “A planta é narcisista e não reconhece o empenho da menina em cuidar dela e deixá-la bonita. É uma representação das pessoas muito individualistas e egoístas, que só enxergam a si mesmas, acham que sabem tudo e não precisam dos outros nem valorizam os nossos esforços por elas. No palco da vida, sempre existirá alguém que presta atenção nos nossos atos em prol do outro. Nem que seja Deus”, reflete.
O livro é adequado a todas as crianças, e Mari recomenda que os adultos também leiam, inclusive para seus filhos: “Represente os personagens de forma mais lúdica, como num teatro. É importante para a criança, pois você adentra o universo dela”. Convidada pela editora Ases da Literatura para a Bienal do Rio 2023, a autora estreitou o contato com seu público: “O livro foi um sucesso de vendas, os pequenos adoraram”. Ela deseja doar alguns exemplares a escolas públicas e projetos sociais que atendam crianças carentes, podem procurá-la.
A pandemia também permitiu que Mari Antoniazzi enveredasse pelas composições: “Sinto falta da boa música, as letras das canções da minha geração eram mais poéticas. Por isso, eu me inspirei na bossa-nova, samba, forró e axé de qualidade e compus profissionalmente 13 faixas”. Elas podem ser acompanhadas no Youtube Mari Antoniazzi e nas plataformas digitais como Spotify e Deezer.
A artista sente falta de espaços na Serra onde aconteçam oficinas de artes ou recitais, tenha livraria e se possa tomar um café. “É importante um local aconchegante para nos encontrarmos e mostrarmos nossos trabalhos”. Acompanhe Mari Antoniazzi no Instagram, no qual ela reúne toda a sua produção artística e divulga novidades. Deixe a arte fazer parte da sua vida!
CONHEÇA O TRABALHO DE MARI ANTONIAZZI!
Compre os livros direto com a autora e nas livrarias virtuais
Instagram: @mari.oficial.antoniazzi
E-mail: mariantoniazzi00@gmail.com
PRECE
Se duvidas de mim, Te mostrarei o meu brilho,
Hei de tirar da poesia a tua melodia.
Enroscar-me na canção cheia de sorrisos.
Um parto que me parte em duas.
Não quero ser cúmplice das guerras perpétuas.
Quero ser poeta…
Na luz e nas trevas
Para deixar a mensagem florescer
E virar prece!
Mari Antoniazzi