fbpx

Calçamento poliédrico ou malha asfáltica?

Nos últimos meses, vários leitores entraram em contato com o PLANETA SERRA para pedir intervenções nas ruas em que moram. Entretanto, percebemos divergências no que eles consideram como a melhor opção de pavimento. E não foi apenas na Rua Dona Cecília, como mostramos na edição de julho.

O leitor Leonardo Rocha, por exemplo, enviou o seguinte e-mail: “Gostaria de informar e solicitar ao jornal, que é uma das formas de sermos ouvidos como cidadãos, de que algumas ruas importantes do bairro ainda continuam com calçamento poliédrico”.  Na visão de Leonardo, a Rua Angustura, além de ter esse tipo de pavimento, este se encontra em “péssimo estado de conservação”.

Leonardo Rocha deseja que a Angustura seja toda asfaltada, opinião contrária à de José Alberto Nemer, morador do bairro “há mais de seis décadas, três das quais na Rua Angustura”. Ele explica, em e-mail enviado ao jornal, que se juntou a alguns vizinhos numa mobilização junto a prefeitura a fim de que o “calçamento original fosse preservado”. Segundo ele, “o interesse em mantê-lo se justifica não só por preservar o aspecto bucólico das ruas, mas também por ser mais permeável à absorção de água, diminuir a possibilidade de velocidade imprópria, reduzir o aquecimento urbano na área e evitar a poeira tóxica do asfalto”, defende.

A moradora Azeneth Tostes também entrou em contato com o jornal para reclamar da qualidade do pavimento na Rua Itapemirim, entre Caraça e Trifana, um trecho sem saída: “Recapearam as ruas vizinhas, mas no nosso quarteirão o pavimento é péssimo, tem uns remendos de calçamento poliédrico e asfalto”. Ela conta que desde 2008 entrou com vários pedidos na prefeitura e foi a vários órgãos em busca de uma solução. “Não precisamos de tapa-buracos, pois aqui não tem nenhum. É recapear mesmo”.

Diante de opiniões tão distintas, o jornal PLANETA SERRA decidiu procurar a Sudecap a fim de saber as principais características dos dois tipos de pavimento citados. “O calçamento poliédrico é confeccionado de forma artesanal, assentando-se manualmente as pedras com tamanho e geometria similares sobre colchão de areia com o auxílio de marreta”, afirma a autarquia. Após isso, ainda é feito um lançamento de areia e compactação final com rolo compactador em todas as direções e limpeza da superfície.

A Sudecap informa que o asfalto é confeccionado de forma mecanizada, desde a limpeza da área de aplicação da malha asfáltica até a pulverização a fim de que a camada de revestimento tenha aderência. “Ambos os revestimentos devem ser executados sobre camadas estruturantes de pavimento devidamente dimensionadas para o tráfego considerado”. De acordo com a Prodabel, a Serra tem 259 trechos de ruas asfaltadas, totalizando 28,83 quilômetros. Já de calçamento poliédrico são apenas 76 trechos, totalizando 8,19 quilômetros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *