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Hora de ajudar o Pré-Vestibular Vila Marçola!

O cursinho comunitário da Vila Marçola produz resultados no que tange a aprovações no vestibular, mas não é fácil mantê-lo funcionando. Por causa dos custos de manutenção, os alunos precisam pagar R$ 35 de taxa de matrícula e mensalidades de R$ 50. “Além de manter o espaço, distribuímos uma apostila para cada aluno, mas estamos trabalhando para diminuir esse valor”, explica Igor Lage.

Uma das principais necessidades do pré-vestibular no momento é de pessoas com disponibilidade para ajudar na parte financeira e em questões administrativas: “Todos somos voluntários, que já doam muito do tempo livre, e a maioria de nós não mora na Serra”. Com isso, ficará mais fácil fazer parcerias com editoras, cursinhos e empresas que possam ajudar a custear o material didático, além do financiamento coletivo, “o que reduzirá o valor das matrículas”, espera o coordenador pedagógico. Ele também ambiciona fazer algumas reformas, como trocar as estantes e o telhado de zinco da sala, que atrapalha as aulas quando chove: “Talvez ter um computador para organizar mais o cursinho, melhorando a experiência não só para os alunos como também para os professores e demais voluntários”.

Por isso, Igor Lage defende a chegada de pessoas que vivam o dia a dia do cursinho a fim de resolver pequenas demandas, como comprar pincel para o quadro: “A ideia é que mais gente possa conhecer o projeto e ir ocupando outros cargos, para haver uma renovação. Não podemos centralizar demais em poucas pessoas, pois se elas precisarem sair o cursinho tropeça”, avisa o coordenador pedagógico. Pode ser que essas pessoas sejam do próprio Aglomerado da Serra, que também precisa estar mais próximo do Pré-Vestibular Vila Marçola, contribuindo, por exemplo, com a limpeza periódica da sala.

Enquanto isso, o cursinho tem de buscar outras formas de financiamento: “Nos últimos três anos fizemos bazares, sempre no fim do ano”. Igor Lage pede doações de objetos em bom estado, como roupas, eletrônicos, acessórios, bolsas, sapatos, DVDs e CDs: “Como o pré-vestibular não fica aberto fora do período das aulas, o melhor dia para entregar as doações é às segundas-feiras, das 19h às 20h30, direto com a nossa tesoureira, Hermínia Tadeu”. Segundo ele, material didático para ensino médio (a partir de 2010) e livros de literatura também são bem-vindos.

Evidentemente, o Pré-Vestibular Vila Marçola também aceita professores para dar aulas. “Como a rotatividade existe, temos um banco de dados com os que já passaram ou demonstraram interesse, para acioná-los quando necessário. Ano que vem vamos precisar de professores de filosofia e sociologia e queremos voltar com as aulas de inglês e espanhol”, afirma Igor Lage.

O interessado, que não precisa ter experiência em dar aulas, deve enviar um e-mail para pvcvilamarcolabh@gmail.com ou acessar a página “Pré-Vestibular Comunitário Vila Marçola” no Facebook. Não há processo seletivo, mas o candidato a voluntário do projeto terá uma conversa com o próprio Igor Lage, que faz a seleção dos professores.

Outro desejo do coordenador pedagógico é aproveitar melhor a sala de aula do pré-vestibular, que fica fechada durante o dia. De acordo com ele, o espaço pode ser usado para outras atividades, como um cursinho de idiomas. “Gostaria muito que houvesse palestras apresentando as universidades da Região Metropolitana. Os alunos às vezes não conhecem a fundo programas de financiamento como ProUni e Fies. Estamos abertos a sugestões de palestras ou formas de ocupar a sala para dar cursos ou aulas”, convoca Igor Lage. Quem tiver alguma ideia, basta entrar em contato com o cursinho! Em momento oportuno, o jornal Planeta Serra divulgará as datas de inscrição para o Pré-Vestibular Vila Marçola em 2019.

Como surgiu o Pré-Vestibular Vila Marçola

Oferecer ao próximo a possibilidade que teve. Foi com esse lema que David Gomes deu o pontapé inicial na criação do Pré-Vestibular Vila Marçola: “Era coordenador da Pastoral da Juventude na Igreja São João Evangelista. No retiro de fim de ano do grupo de jovens, muitos manifestaram o desejo de cursar uma faculdade”, conta.

Foi a maneira que ele encontrou de retribuir: “Morei no Aglomerado da Serra e tenho muito a agradecer na vida. Fui bolsista integral no Colégio Sagrado Coração de Maria, pois meu pai trabalhava lá com serviços gerais. Sempre gostei muito de estudar e, quando comecei o projeto, estava no 2º período de Direito na UFMG”.

Foram oito anos no cursinho comunitário, até que um trabalho fora de Belo Horizonte tornou inviável sua permanência. “Sempre quis me engajar em algo que pudesse gerar uma transformação social mais duradoura, sólida”.

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