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Jardins de chuva: quando a Serra terá o projeto?

Desde o ano passado, a prefeitura (PBH) tem implantado jardins de chuva, inicialmente na Região Norte de BH: “É uma solução sustentável que evidencia nosso comprometimento com uma cidade mais verde, uma das diretrizes do Plano Diretor”. A ideia foi dada pela vereadora Fernanda Pereira Altoé ainda na última campanha municipal, de 2021: “Abordei o conceito de cidade-esponja, pois BH precisa elaborar medidas que melhorem a drenagem urbana”. Procurada pelo professor Nilo Nascimento, da UFMG, após a criação da Comissão de Drenagem Urbana na Câmara de Vereadores, Fernanda ficou conhecendo os jardins de chuva e optou por destinar ao projeto aproximadamente R$ 650 mil em emenda parlamentar: “Com esse valor, a prefeitura construiu as primeiras 60 estruturas, o que vai ajudar a mitigar o efeito dos alagamentos e melhorar a absorção da água, auxiliando nas iniciativas de macrodrenagem”.

Apesar de parecer com o convencional, a construção dos jardins de chuva tem algumas diferenças importantes: “O solo é escavado com determinada profundidade e modificado com camadas de revestimento (manta geotêxtil), armazenamento (reservatório de pedras), filtragem (manta geotêxtil e areia), substrato (camada com solo e nutrientes para a vegetação) e cobertura vegetal. Com isso, sua porosidade é ampliada, aumentando a capacidade de reter e infiltrar a água no subsolo”, explica a prefeitura em nota. “A escolha por certas espécies de plantas também leva em conta a redução da poluição da água (fitorremediação), contribuindo para a melhoria da qualidade hídrica do ambiente”. Fernanda acrescenta que eles são eficazes na retenção de até 90% dos nutrientes, removem produtos químicos e até 80% dos sedimentos durante o escoamento da água da chuva, que penetra 30% a mais no solo.

Evidentemente, os jardins de chuva não podem ser instalados em qualquer lugar: “São postos fora dos locais mais baixos, propícios a alagamentos. O objetivo é que a água infiltre e vá diminuindo de velocidade antes de atingir o destino final, causando menos enchentes”. A prefeitura avalia a declividade do terreno, pois eles devem ser construídos em vias mais planas. Como explica Fernanda, nas ruas mais acidentadas a força da água poderia arrastar plantas, pedras, terra, entre outros materiais.

Fernanda Pereira Altoé teve a ideia das cidades-esponja e ficou conhecendo os jardins de chuva

O único contra é que os jardins de chuva ocupam 1 ou 2 vagas de estacionamento. “Não interferem no trânsito”, defende a PBH. A parlamentar concorda: “É um ganho para a coletividade, pois evitam-se os alagamentos, que causam diversos prejuízos a vários moradores e comerciantes. Essa iniciativa é válida, mesmo retirando vagas”. Outra medida importante é a criação, pela PBH, do programa “Adote um Jardim de Chuva”, que prevê desconto de 10% (limitado a R$ 2 mil) ao cidadão que assumir a manutenção de uma estrutura perto de sua casa: “São cuidados simples de jardinagem, de baixo custo, similares a um jardim convencional entre 10 m² e 15 m²”.

A prefeitura estuda mais implantações nas 9 regionais, e a Serra é um dos bairros que podem receber o projeto. “A nossa meta é viabilizar 200 jardins de chuva, que também estarão disponíveis para adoção. No entanto, ainda não há previsão específica para o bairro, que tem vias em condições técnicas para futuras instalações. Assim que tudo for definido, as informações serão tornadas públicas”. O que você acha de a Serra ter jardins de chuva? Vale retirar vagas de estacionamento em prol do projeto? Quais ruas são as mais indicadas? Dê a sua opinião pelo WhatsApp (98761-7569)!

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