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Precisamos falar sobre suicídio

Por Adriana Pádua e Regina Magalhães

Adriana é psicóloga clínica especialista em psico-oncologia, gerontologia e Mestre em reiki. (CRP 04 31.302)

 

 

Regina é psicóloga clínica e educacional, psicopedagoga Mestre em educação (CRP 04 10.410)

 

 

Falar sobre a morte nunca é fácil, mesmo sabendo que é a única certeza. Começamos a morrer desde o nascimento. Todo mundo chega ao fim da jornada, mas ninguém vive pensando nisso. Muito menos que esse dia poderia ser causado pela própria pessoa.

Quando alguém morre devido ao suicídio, abrem-se brechas para mistérios e tabus. Por ser injustificado, o ocorrido ganha um tom pejorativo socialmente, de acusação entre parentes e amigos que tentam, muitas vezes em vão, entender o motivo. Ao se saber que a morte foi por suicídio, surgem as críticas ao autor – elas também são endereçadas aos que sobreviveram à tentativa. Vem a culpa dos que ficaram por supostamente não terem podido ajudar a pessoa que cometeu o ato insano, a raiva de si mesmos e do morto. Um desafio para os psicólogos e os familiares.

Há um luto mais pesado dos que sobreviveram. Sofrimentos mentais, falta de autoperdão, vulnerabilidade psíquica na própria vida, transtornos psiquiátricos, uso de drogas lícitas e ilícitas, extremo vazio existencial, falta de uma Fé que dê suporte em momentos críticos ou certa disposição mórbida para a morte. O desejo é da morte ou da eliminação do sofrimento escondido? Que dor tão intensa é essa a ponto de optar por tirar a própria vida? São inúmeros os questionamentos sem respostas!

A avaliação de risco para o suicídio é tarefa delicada, pois envolve a subjetividade da pessoa. Se um paciente revela desejo de suicídio por meio escrito ou verbal, terá real chance de planejar, tentar e de conseguir se matar, mas também a possibilidade de não agir, ficando em tentativa frustrada. Pela experiência clínica, nós constatamos que nunca vale a pena duvidar. Quando não ocorre a morte, como lidar com as sequelas físicas, emocionais e o julgamento do outro?

A prevenção é a forma eficaz de reduzir e impedir o suicídio, promovendo e valorizando a vida. Incentive a psicoterapia para identificar fatores de risco de um potencial comportamento suicida. Impulsione a pessoa para que busque uma “rede de apoio” com terapias diversas que possam ajudá-la a lidar com a depressão e/ou seus conflitos existenciais.

A psicoterapia é para que você possa falar de seus desejos, sonhos, dores invisíveis insuportáveis de entender e desvendar sozinho, levando-o a repensar a sua vida. O autoconhecimento é o melhor caminho para que possamos enfrentar de maneira mais consciente os diversos desafios que a vida oferece. Se você está vivenciando uma crise existencial, procure ajuda profissional. Jamais sofra sozinho! Nós, psicoterapeutas, estamos à sua disposição! Não podemos nos esquecer do excelente trabalho voluntário feito pelo CVV – Centro de Valorização da Vida. Precisando de ajuda imediata, ligue 188.

SERVIÇO:

Telefones: 97571-1234 (Adriana) 97159-1787 (Regina)

E-mail: projetoser528@gmail.com

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