Risco elevado: atenção com o gás de cozinha
Quanto tempo você passa na cozinha todos os dias? Ficamos boas horas dentro desse cômodo tão importante, mas é recomendável que estejamos atentos a várias situações de risco. O maior perigo é o gás liquefeito de petróleo (GLP), ou gás de cozinha. Você pode achar que conhece todas as dicas de segurança, mas fato é que as ocorrências de vazamento de gás ainda chamam a atenção. Segundo o Corpo de Bombeiros, foram atendidas quase 700 solicitações desse tipo em Minas Gerais em 2017, além de 99 ocorrências em janeiro e fevereiro deste ano, o dado mais recente disponível.
Procuramos o Corpo de Bombeiros a fim de enumerar quais cuidados são necessários. O primeiro deles acontece na hora de comprar o gás: “A empresa deve estar legalizada e comercializar produtos de indústrias que possuam certificação”. A corporação reforça que “todo botijão deve ter um lacre sobre a válvula e que este não pode estar violado. Além disso, o lacre deve apresentar a marca da distribuidora”.
Ao receber o botijão, o consumidor não deve aceitar aquele que estiver amassado, enferrujado ou com as alças soltas, pois está fora do padrão de segurança e coloca a vida em risco: “O botijão deve ser reavaliado a cada dez anos e, depois disso, recebe um selo de certificação indicando qual será a próxima data da avaliação”.
O passo seguinte é instalar ou trocar o botijão de gás. Não é nada complicado, mas você precisa ter atenção. Nunca acenda cigarros ou fósforos enquanto realiza o procedimento nem utilize ferramentas, pois pode danificar a mangueira e outros equipamentos.
O Corpo de Bombeiros também alerta para a verificação de vazamento: “Depois da instalação, passe uma esponja com detergente ou outro sabão no contato entre o botijão e o regulador de pressão de gás. Se houver formação de bolhas, é sinal de que existe gás escapando”. Nesse caso, a corporação sugere o consumidor a refazer os procedimentos. “Se o escape persistir, deve-se procurar ajuda na empresa de gás para descobrir qual é o problema”.
São dicas importantes, mas de nada adianta segui-las e acondicionar o botijão de gás em locais impróprios. O recipiente em uso e o reserva devem estar fora da residência e com ventilação natural, em local protegido do sol, da umidade e da chuva. “Não instale ou guarde o botijão em locais totalmente fechados, nem deposite vários botijões cheios num mesmo lugar”. Outra contraindicação é aquecer o botijão para que ele renda mais, pois “você pode alterar a pressão do gás e causar vazamento ou explosão”.
Se não houver espaço, o botijão pode ficar ao lado do fogão. “Mas não forçando a passagem da mangueira de gás por trás dele, pois o calor do forno pode resultar em variações constantes de temperatura na mangueira, fazendo com que a vida útil dela diminua”, reforça a corporação.
Outro risco é a mangueira de gás, que deve ser de plástico de PVC transparente e constar uma tarja amarela onde ficam gravados o prazo de validade e o código NBR 8613, o que atesta que o equipamento foi aprovado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas. “A mangueira pode ter 80 centímetros, 1 metro e 1,25 metro, mas não é recomendável juntar várias delas, pois isso aumenta o risco de vazamento. Até o fogão pode ter vazamento quando apresentar fissuras ou desgaste nas tubulações internas”.