Rua Dona Cecília é alvo de reclamações
A Rua Dona Cecília é uma via importante na Serra, apesar de quase não ter empresas. Além de servir de estacionamento para quem trabalha na região, ela também é sede do Centro Educacional Professor Estevão Pinto (CEPEP), que já foi tema de matéria no jornal PLANETA SERRA na segunda e na quarta edições.
São 450 metros de extensão, indo da Rua Palmira até a Monte Alegre e vice-versa, já que é uma via de mão dupla. Este, aliás, é um dos motivos que levaram moradores a entrar em contato com o jornal.
Fátima Duarte Figueiredo, por exemplo, reclama que a “Rua Dona Cecília é de mão dupla e ainda tem estacionamento permitido dos dois lados”. Em horário de pico que, segundo ela, ocorre às 13h e entre 17h e 19h, com auge em torno das 18h, “só passa um carro. Já vi batidas e situações de risco”. Fátima afirma que já observou a BHTrans no trecho, mas apenas em horários de trânsito leve. “O ideal é que a rua só suba, pois para descer há outras alternativas”, sugere a moradora.
Fátima Bittencourt mora na Rua Palmira, mas também está preocupada com a Rua Dona Cecília: “No horário de pico fica difícil passar por ali, já presenciei várias batidas próximo à Rua Monte Alegre, pois os carros vindos dali encontram com os da Dona Cecília”. Ela chama atenção para a esquina com a Rua Palmira, que no horário de saída das crianças do CEPEP tem carros transitando e parados dos dois lados, além das vans: “Ainda há crianças atravessando a rua sozinhas, é um perigo”, alerta a moradora, que também faz uma sugestão: “A Rua Dona Marianinha (tem um quarteirão e leva à Rua Estevão Pinto) deveria ser mão para descer, pois desafoga o trânsito do início da Dona Cecília com Monte Alegre”.
Procuramos a BHTrans e fizemos vários questionamentos. Em nota, a autarquia informou que acompanha os “acidentes que acontecem na Serra a fim de verificar se a sinalização está adequada”.
Perguntamos se a Rua Dona Marianinha pode ter a mão invertida, mas a BHTrans discorda: “É possível, mas se os motoristas não respeitarem a sinalização pode haver mais situações de risco de acidentes”. Segundo a autarquia, a lógica é simples: “Se a Monte Alegre desce, a outra via paralela deve subir, no caso a Dona Marianinha. Se colocarmos as duas no mesmo sentido, fica mais longe para o morador realizar os acessos que deseja”.
Sobre colocar mão única no sentido Monte Alegre até Dona Marianinha, a BHTrans respondeu o seguinte: “Também há essa possibilidade, devendo-se avaliar as vias paralelas para que uma vá para um lado e a outra no sentido oposto, pois isso viabiliza uma circulação simples e ágil para os moradores”. De fato, a Rua Professor Estevão Pinto desce, então, não haveria problema deixar mão única na Dona Cecília no trecho citado. Porém, a BHTrans argumenta: “Implantar a mão única agiliza, contudo, por vezes é necessário proibir o estacionamento em um dos lados da via. Esse tipo de ação não é bem visto, afinal, há residências em ambos os lados da Rua Dona Cecília”, explica a autarquia. O mesmo raciocínio vale para uma eventual mão única no trecho até a esquina com Rua Palmira.