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Câmara de Jaú tem iniciativa louvável

Os perigos da carambola são reais, porém silenciosos. Mas em Jaú, cidade de quase 145 mil habitantes no interior de São Paulo, está havendo bastante barulho em torno da questão. Em 2008, o vereador José Mineiro de Camargo aprovou junto a seus pares a Lei da Carambola, que obriga estabelecimentos de saúde e alimentícios a afixar cartazes informando da proibição de ingerir suco de carambola por pacientes com insuficiência renal. Quem desobedecesse à norma estaria sujeito a advertência e multa.

No ano seguinte, no entanto, o vereador Tito Coló Neto entendeu que os dizeres eram proibitivos demais, o que levou à aprovação de uma nova lei, mas com dizeres apenas alarmantes. Em fevereiro de 2017, José Mineiro voltou à Câmara como suplente e apresentou Projeto de Lei para anular a anterior, voltando a valer o texto publicado por ele em 2008, sem alterações. A matéria sofreu adendos numa das comissões e ainda será votada. Se aprovada, o texto a ser afixado ficará desse jeito.

“Pacientes com insuficiência renal estão orientados a não comer fruto, doce ou o suco da carambola. A fruta produz neurotoxina que, se não filtrada pelos rins, se concentra no sangue, atingindo os neurônios. Em grande concentração, pode provocar soluços, convulsões e a morte”. Apesar da polêmica entre os vereadores, Jaú larga na frente ao dar atenção a um problema tão grave.

Troque a carambola por outras frutas

A carambola não é a única opção disponível, pois outras frutas têm propriedades parecidas. De acordo com a nutricionista Lidiane Netto, “a carambola tem um percentual de umidade elevado, o que ajuda na hidratação”.

Ela acrescenta que a carambola também tem carboidratos em sua composição, bem como potássio, fósforo, cálcio e magnésio, além de fibras. “Isso em pequenas concentrações por unidade, não sendo boa fonte desses nutrientes”, explica. Lidiane Netto sugere outras frutas para quem deseja atingir os mesmos benefícios: caju, laranja, kiwi, jaboticaba, pera, maracujá, entre outras.

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